Contagiante Batuque Amazônico é uma dança que teve origem no Candomblé Africano e trás em seu ritmo frenético a coragem e a alegria da raça negra. O batuque chegou ao Brasil ainda no período colonial, espalhando-se por vários cantos do país, em especial as regiões Norte e Nordeste. Na época colonial, os portugueses chamavam de Batuque qualquer dança praticada em comunidades de negros oriundos da África.
Na região Norte, o Batuque enraizou-se principalmente no Pará e no Amazonas, onde a palavra "batuque" também serve para designar práticas religiosas afro-brasileiras. O Batuque Amazônico trata-se de uma homenagem à "cabocla Jurema", entidade bastante conhecida dos praticantes da Umbanda e demais cultos afro-brasileiros que, segundo os estudiosos, faz parte da mesma "linha" ou “falange” de São Jorge, santo católico que tem o guerreiro Ogum como correspondente, de acordo com o sincretismo religioso. Segundo as lendas, a cabocla Jurema habita cidades existentes no fundo das águas e tem a lua nova como período predileto para realizar seus trabalhos de encantamentos.
A dança folclórica em homenagem à Jurema começa com uma invocação à entidade entoada pelos componentes do grupo folclórico pedindo proteção para toda a Amazônia, região intimamente relacionada à Jurema devido à abundância do elemento água.
O Batuque Amazônico é desenvolvido por casais de dançarinos. As moças usam blusa confeccionada em cambraia que acompanha a saia branca rodada com detalhes amarelos. Na cabeça, um turbante característico dos cultos afro-brasileiros é usado. Os dançarinos apresentam-se sem camisa, usando apenas calças brancas e muitos colares feitos com contas. Como a maioria das danças folclóricas da região, não se usa sapatos no Batuque Amazônico
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