Em tempos remotos, havia no local onde se erigiria, mais tarde, Belém do Pará, uma tribo que, devido à escassez de alimentos, vivia sempre em grandes dificuldades. E como a tribo aumentava dia a dia, o cacique Itaki reuniu sua gente, fazendo sentir a grande crise que adviria, caso continuasse a crescer populacionalmente. Resolveu, de comum acordo com os mais velhos guerreiros e curandeiros, sacrificar toda criança que nascesse a partir daquele dia. Talvez devido à tal medida, passa-ram-se muitas luas sem nenhuma nativa conceber. Porém, um dia, Iaçá, a filha do cacique Itaki, concebeu uma linda criança. Entre-tanto, não demorou muito para o Conselho Tribal se reunir e pedir o sacrifício da filha de Iaçá. Seu pai, guerreiro de palavra, não hesitou em dar cumprimento à sua ordem. Ao saber da sorte de seu rebento, Iaçá implorou ao pai que poupasse a vida da filha, pois os campos estavam verdejantes e a caça não tardaria a abundar na região. O cacique Itaki, porém, manteve sua palavra e a criança foi sacrificada.Iaçá enclausurou-se em sua tenda, ficando ali por quase dois dias de joelhos, rogando a Tupã que mostrasse a seu pai uma maneira pela qual não fosse preciso repetir o sacrifício de inocentes. Alta hora da noite, porém, ouviu Iaçá um choro de criança. Aproximou-se da porta da tenda e, então, viu sua filha sorridente ao pé de uma esbelta palmeira. A princípio, ficou estática. Depois, em correria louca, lançou-se em direção à filha, abraçando-se a ela, mas deparou-se com a palmeira, pois, misteriosamente, a criança desaparecera.Iaçá, inconsolável,chorou copiosamente até desfalecer.
segunda-feira, 9 de março de 2009
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